sexta-feira, 29 de junho de 2012

Luca Turilli's Rhapsody: Ascending to Infinity - O retorno épico do Mestre dos arpeggios.
















Dois Rhapsodys, duas vezes mais poder. Será?

Primeiro vamos tentar elucidar a história recente da banda, que é deveras complicada.
Em agosto do ano passado, após lançar o maravilhoso From Chaos to Eternity (meu disco predileto da banda), foi divulgado um comunicado no site da banda anunciando uma separação amigavel por divergencias musicais (isso é possivel?), que a dividiu em duas: o Rhapsody of Fire, que permaneceu com o tecladista Alex Staropoli, Fabio Lione nos vocais, Tom Hess na guitarra e Alex Holzwarth comandando as baquetas e o Luca Turilli's Rhapsody, com Luca Turilli e Dominique Leurquin nas guitarras, Patrice Guers nos graves e Alex Holzwarth na batera, completando a cozinha.
Em setembro do mesmo ano, Staropoli anunciou o guitarrista Roberto De Micheli como novo guitarrista e Oliver Holzwarth para substituir Patrice na sua versão da banda (acho que posso chamar assim já que ambas carregam o mesmo nome), enquanto nosso Luca trabalhava em um projecto grandioso.


                                      
O retorno do mestre dos arpeggios

No fim de janeiro deste ano, Luca anunciou o nome de seu novo disco e no mês seguinte, Alessandro Conti como o gritador vocalista de seu projeto, anunciando seu disco para 29 de junho desde ano. Como na internet tudo sempre vem adiantado, o disco vazou semana passada e, sem mais delongas, aqui vão minhas impressões do álbum.

                                       
Ao infinito, e ainda mais longe (?)

Ascending to Infinity, como se chama o novo trabalho do nosso arpeggiador segue a mesma tendência do último trabalho do mesmo com o Rhapsody of Fire.
É um disco rápido, técnico, melódico e de orquestrações lindas assim como From the Chaos to Eternity. De certa forma, é aí que reside o problema.
O disco é em vários pontos previsível, usando de passagens já utilizadas em outras musicas com sua antiga banda (o refrão de Clash of the Titans segue a mesma estrutura do refrão de The Village of Dwarves), seguindo uma formula outrora já criada.
Por ser membro-fundador e principal criativo do Rhapsody of Fire durante seus 15 anos com a banda, era de se esperar que fossem usados esses recursos MAS ainda sim, eu esperava por novidades e renovação, assim como aconteceu em FtCtE.
Mesmo assim o disco é maravilhoso, com temas épicos, riffs matadores, orquestrações absurdamente perfeitas e um vocal que, embora não faça meu estilo (Lione tem muito mais poder do que esse guri), representou muito bem todas as canções que, pelo meu inglês porco, pouco pude traduzir de ouvido.
Em suma, é um disco primoroso. Peca por não ser totalmente original mas não me sinto no direito de dizer algo assim sem saber o que o outro Rhapsody trará de suas forjas of Fire. essa piada foi uma merda mas eu não resisti.
Se destacam pra mim as faixas “Dark Fate of Atlantis”, “Dante’s Inferno”, “Tormento e Passione “ (que considero o refrão mais interessante do disco) e a épica “Of Michael Archangel and Lucifer’s Fall”.
O que nos resta é esperar para saber se as divergências musicais eram reais e trarão uma notória diferença no som das duas bandas ou se tioTurilli era o real cabeça do projeto e de lá agora sairão cópias ou bostas. Torço muito pela primeira opção.

Dois adendos:
1 - Nesse disco o cara pirou foda e mostrou todas as referencias literárias que ele usou para criar o mundo aonde se passam as histórias de Rhapsody of Fire. Achei engraçado ele de certa forma confirmar de onde tirou todos os clichês kkkkkkkkk
2 – Eu simplesmente amo essa coisa dele misturar inglês e italiano nas letras deles mas gosto principalmente quando elas são completamente em italiano. Combina muito bem com esse lance de ópera que ele carrega desde sempre.
3 – A faixa “Luna” eu já ouvi em algum outro lugar. Se alguém que comentar puder me esclarecer aonde eu posso ter ouvido isso, agradeço ^^

Luca Turilli's Rhapsody
Disco: Ascending to Infinity      Ano: 2012
Formação:
Alessandro Conti - voz
Luca Turilli - guitarra
Dominique Leurquin - guitarra
Patrice Guers - contrabaixo
Alex Holzwarth - bateria

Track List
01 - Quantum X
02 - Ascending To Infinity
03 - Dante's Inferno
04 - Excalibur
05 - Tormento E Passione
06 - Dark Fate Of Atlantis
07 - Luna
08 - Clash Of The Titans
09 - Of Michael The Archangel And Lucifer's Fall
10 - March Of Time (Bonus Track – Limited Edition)

Nota Geral: 4/5

4 comentários:

  1. É amigo Bira, como estávamos conversando ontem, é muito, muito raro aparecer algo que não seja previsível no Power Metal. Depois de tanto conhecer o estilo, as diferenças são muito poucas de banda pra banda (só pequenos detalhes de identidade) fora isso, a cadência é praticamente sempre a mesma em todas as bandas do gênero. Não acho que eles já formaram a identidade deles dentro do clichê power metal AINDA, até mesmo por causa de ser o primeiro trabalho e como vc mesmo mencionou, o Luca Turilli era o mano das idéias no Rhapsody quase que inevitável surgirem elementos em comum, e dá-lhe elementos.. Pra mim vc foi até generoso na nota, na minha opinião acho que o disco mereceria mais caso as impressões pra diferenciar Rhapsody de Rhapsody fossem mais evidentes além do vocal..
    Não que eu não tenha gostado, mas que ainda falta "algo" e que fora isso, talvez pra diferenciar, o outro Rhapsody tb se diferencie bastante com essa saída importantíssima de integrante, que é o Luca..

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    1. A minha nota foi essa justamente por eu ainda não saber o que virá do próximo do Rhapsody of Fire. Se eles repetirem a formula do Luca, não saberemos de quem é essa identidade musical e então os dois discos cairão bastante no meu conceito. Se fizerem algo diferente, vou ficar com aquele amargor de que o Luca poderia ter se distanciado do seu passado, realmente ascendendo ao infinito e alcançando sua apoteose criativa nesse disco (isso foi poético pra caralho).
      Obrigado pelo comentario e volte sempre. rsrs

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  2. E só pra constar, apesar do álbum estar foda a música que eu gostei mais foi o cover de Helloween (March of Time)...

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  3. O Album está maravilhoso e achei interessante seu ponto de vista. Que o Grande Mestre continue trazendo o mais grandioso Symphonic Power Metal ao mundo.

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